Samsung Galaxy SIV com a tela Super Amoled e LG Nexus 4 com tela True IPS HD Plus (Imagem: Reprodução / Gizmag)
TecnologiasA diferença básica entre ambas tecnologias de tela está no material usado na fabricação do painel dos smartphones. As telas True IPS HD Plus utilizam displays de cristal líquido, os conhecidos LCDs. Já os smartphones com painel Super AMOLED usam pequenos "diodos" orgânicos emissores de luz, batizados pela sigla OLED.
Para simplificar isso, pense no LCD como um filtro de luz formado por pixels. Nele, cada pequeno ponto desses filtra a luz de fundo para projetar as cores na tela do aparelho e, finalmente, formar as imagens. Já a sigla IPS, que significa algo como “troca no plano”, é uma tecnologia aplicada sobre o LCD para melhorar o tempo de resposta na troca da imagem exibida e potencializar a variação de um pixel para o outro.
Já a AMOLED pode ser traduzida como uma “matriz ativa de diodos orgânicos emissores de luz”. Em outras palavras, ao invés de cada pixel ser um filtro como no LCD, eles são os próprios emissores de luz. Assim, através do jogo entre as cores vermelho, verde e azul emitidas por cada ponto da tela, é possível criar o branco e as milhões de cores necessárias para formar as imagens no display do aparelho.
Comparação simplificada das camadas que foram o LCD - base da TRUE IPS HD, e a AMOLED (Imagem: Reprodução / Cheilstory)
Na comparação entre as tecnologias, o LCD tem como ponto forte
a maior durabilidade por ser um sistema relativamente simplificado.
Além disso, esse tipo de painel tem uma precisão maior nas cores
produzidas graças à forma com a qual cada pixel trabalha. Porém, a
grande desvantagem do LCD é o consumo de bateria, já que necessita de uma luz de fundo constante para gerar cores, inclusive, o preto.Já os painéis OLED são mais vantajosos, justamente, na exibição do preto por não precisar de luz para formar essa cor. Dessa forma, apresentam também uma boa economia de energia. Além disso, é possível construir displays mais finos e mais leve, pois há menos camadas para criar as imagens. O OLED forma cores mais vívidas e um brilho mais intenso do que o LCD. Por outro lado, a durabilidade dos LEDs orgânicos é inferior ao concorrente, apesar das novas tecnologias terem aumentado consideravelmente seu tempo de vida.
A qualidade da imagem está ligada diretamente à organização dos "subpixels", que são as cores que cada um pode projetar. A Samsung escolheu o modelo "PenTile" ou, “Cinco Partes”, para formar cada pixel das telas Super AMOLED. Nessa tecnologia, cada pixel tem até 12 subpixels arranjados em uma sequência de pares Vermelho-Verde e Azul-Verde.
Na prática, o modelo escolhido pela Samsung favorece tanto as cores exibidas, que alguns usuários chegam reclamar que são “vívidas demais”. Apesar disso, esse é um grande trunfo para jogos ou imagens em movimento, onde o mais importante não seja a definição.
Por outro lado, essa densidade de subpixels em pares prejudica um pouco a nitidez e, em nível de detalhes, deixa algumas áreas um pouco embaralhadas. Por esse motivo, algumas pessoas reclamam da tecnologia em imagens estáticas ou textos, que necessitam da nitidez como quesito principal. A justificativa da Samsung para ter adotado esse padrão é plausível: maior durabilidade para o OLED.
Diferença entre a disposição dos subpixels na matriz RGB - esquerda - e na PenTile - direita (Imagem: Reprodução / TuttoAndroid)
Resumindo, a ponto forte de uma tecnologia é, justamente, o lado mais fraco de outra. Sobra nitidez na IPS HD Plus, mas falta produção de cores mais vívidas graças à ausência de emissores de luz individuais como na AMOLED. Isso faz a IPS HD Plus seja a melhor para funções que exigem detalhes mais realçados, como leitura prolongada, por exemplo.
O vídeo abaixo ilustra bem essa variação de cores e nitidez entre as duas telas através de exemplos. Nele é possível notar a vantagem de nitidez que a True HD IPS leva, ao mesmo tempo em que Super AMOLED sobra em cores.
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