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- Fiquei dez anos sofrendo preconceito. As pessoas não se aproximavam de mim e só me chamavam de sapatona. Eu acabei adoecendo. Depois que sai de lá, quase virei mendiga. Não tinha dinheiro nem para comprar comida - explica moradora de Ceilândia (DF).
Ela explica que trabalhava como recepcionista e operadora de caixa, recebendo um salário de R$ 905,12, e sofria com o ambiente hostil.
- Se eu sentava numa mesa do refeitório, ninguém se aproximava. Todo mundo ficava comentando esse boato que eu não sei como surgiu.
O advogado da ex-funcionária, André Santos, explica que a cliente ainda está muito abalada e que eles ainda não sabem se vão recorrer da decisão do TST, já que as instâncias inferiores haviam determinado o pagamento de R$ 50 mil por danos morais.
- Ela ainda está muito abalada e nunca mais conseguiu emprego. Ela não consegue se recuperar, pois sua saúde está muito debilitada.
Nos processos, a mulher afirmou que, por ser solteira, uma tesoureira da empresa passou a chamá-la de "sapatona", apelido que acabou sendo adotado por outros colegas ao se referirem a ela. Por causa do ambiente de trabalho cada vez mais hostil, ela começou a ter sintomas de depressão e precisou até ser afastada de suas atividades por um ano. Ao retornar ao trabalho, os ataques continuaram, mas a empresa não teria feito nada para acabar com essa situação.
O Carrefour, por meio de nota, disse que não comenta processos em andamento, mas reitera seu compromisso em respeitar e cumprir a legislação trabalhista, além de proporcionar condições adequadas de trabalho a todos os seus colaboradores: 'A empresa informa que todos os seus funcionários recebem uma formação, que abrange as diretrizes do Código de Conduta para os Negócios do Carrefour, onde são orientados, entre outros pontos, que todas as formas de discriminação ou assédios, qualquer que seja a sua natureza, não são toleradas. Os colaboradores são instruídos a agir de madeira responsável e respeitando as regras da companhia'.
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