Home » » Buuh Amor:8 coisas que gays não suportam mais ouvir (classificação 18 anos)
Buuh Amor:8 coisas que gays não suportam mais ouvir (classificação 18 anos)
- Quem é o homem e quem é a mulher?
Essa é de longe a mais popular. Vem de toda uma cultura que ensina que
meninos gostam de azul, brincam com carrinho, jogam futebol e batem no
amiguinho, enquanto as meninas gostam de rosa, brincam com boneca, fazem
balé e choram de medo de barata. Dentro dessas polaridades, um homem
amar outro já é algo tão inconcebível que tem que ser ajustado
rapidamente: uma das partes do casal TEM que ser o equivalente feminino
para que essa relação faça sentido. E daí resta a nós explicar pela
milhonésima vez que não é simples assim, que não necessariamente um é
machinho e outro é afeminado, nem necessariamente um é passivo e outro é
ativo, e mesmo quando existem preferências sexuais, nem sempre
corresponde que o “machão” é o ativo. Se há uma vantagem de ser gay, é
que essas limitações de papéis e funções todas podem se esvair.
Infelizmente tem muito gay machista que insiste em estabelecer esses
padrões, mas a gente discute isso em outro post.
- Como vocês fazem para saber que o outro também é gay?
É simples, é só olhar a tatuagem na nuca que gays ganham quando perdem a
virgindade.
OK, não é assim. Na real, a gente só aprende com a prática. Existem
vários sinais de que outro cara é gay, desde os óbvios como jeitos de se
vestir e de se comportar mais bandeirosos, até aquela troca de olhares
sutil no ambiente de trabalho homofóbico e o fato do bonitão do seu lado
não afastar a perna quando você encosta o joelho ao lado do joelho
dele. Nem sempre é simples. No começo de carreira, a gente erra muito,
se apaixona por hétero, deixa passar o colega gatinho que não saiu do
armário, é uma tristeza. Razão pela qual existem bares e casas noturnas
gays: é bom de vez em quando estar num lugar em que o padrão é ser
viado. Na dúvida, o jeito é ter a cara de pau e perguntar mesmo. Uma
vez, no Espaço Itaú Augusta, eu simplesmente perguntei para dois rapazes
no saguão se eles namoravam, como maneira de confirmar que eram gays e
descobrir se estavam disponíveis. A resposta: “não, a gente não namora, o
namorado dele está em casa e eu não tenho.” Suceso.
- Nossa, você nem parece gay.
Quem diz isso geralmente está querendo fazer um elogio. Quem recebe esse
comentário geralmente entende como um elogio. Vamos parar com isso, por
favor? Por que ser menos pintosa é algo positivo? Quanto mais um homem
se aproxima da mulher pior para ele, é isso que você quer dizer? Que bom
que, apesar de você gostar de caras, você ainda mantém a aparência de
um homem “de verdade”? Temos que deseducar as pessoas a acharem que essa
frase é algo normal e positivo. Cada um age como quiser, que tal parar
com o julgamento?
- Aff, que desperdício, você, gay.
O comentário anterior é em geral feito por homens, e esse comentário
aqui é em geral feito por mulheres. Que em geral também acham que estão
fazendo um elogio. A lógica sendo que você, gay, é tão bonito, tão
educado, tão cheiroso, tão sensível, que eu queria você pra mim, mas
você não me quer. E como eu não te quero automaticamente eu estou sendo
despediçado, é isso mesmo, produção? Todos os outros homens lindos,
educados, cheirosos e sensíveis que estão fazendo usufruto desse gay
aqui não contam como uso devido desse latifúndio? Querida, pode guardar
esse comentário pra você.
- Você é gay porque não encontrou ainda uma mulher que mostre para você o que é bom.
E essa é a versão FATALITY do comentário anterior. Como bem disse a Suilane Oliveira no Lado Bi das Amapôs, a fonte desse tipo de comentário tem um nome e é homofobia.
A mensagem sendo: aquilo que você faz com os homens não é bom de
verdade. Ou não é amor de verdade. Ou não é sexo de verdade. Seja o que
for, é uma versão inferior daquela coisa tão maravilhosa que só acontece
entre um homem e uma mulher. Quando você se der conta disso, vai
abandonar essa prática lamentável aí. Bem, minha cara, por esse
raciocínio, haveria uma chance de que uma mulher pudesse te mostrar
algumas manobras e te converter para a homossexualidade. Mas torço para
que nenhuma lésbica se preste a isso, porque você não merece.
- Eu gosto de gay, eu não gosto é de viado.
Mais um comentário recorrente daqueles que têm a homofobia enrustida e,
pior ainda, querem que você ajude a alimentá-la. É a mesma coisa que
dizer “eu gosto de gays, desde que eles não sejam muito gays”. Ser gay é
aceitável desde que você seja másculo. Vamos abrir bem o jogo: ser
viado é que nem virgindade, não tem meio-termo, não dá pra manter 7/8 da
virgindade, não dá pra ser só um pouquinho gay. No momento que você
reconhece que gosta de alguém do mesmo sexo, sua homossexualidade está
lá inteirinha de presente te esperando. Comportamentos são nada mais que
o papel de embrulho.
- Tem que ser muito macho para fazer o que vocês fazem.
Muito da homofobia vem dessa fixação que os héteros têm na maneira como
os gays fazem sexo. Traduzindo os eufemismos: “dar o cu dói pra caralho,
não sei como vocês topam fazer isso o tempo todo”. Nisso a gente pode
subentender que o cara já tentou comer alguns rabos em sua vida, e doeu
muito para a dona do rabo em questão. Isso supondo que era uma dona. E
isso supondo que o dono do rabo não era o próprio, claro. Bem, meu caro,
com jeito, experiência e paciência, não há sofrimento. E se realmente
causasse tanta dor, o pessoal procuraria outras alternativas menos
sofridas – ninguém em sã consciência arranca uma unha, depois no dia
seguinte arranca outra, depois outra… Além do mais, sexo vaginal, que eu
saiba, também não é garantia de sexo sem dor – quando mal feito, fica
incômodo e até dolorido, estão aí as mulheres que fingem orgasmo para se
livrar da situação que não me deixam mentir. Então aceite o que até a Sandy já aprendeu faz tempo:
sim, sexo anal pode ser uma fonte de prazer. Quando bem feito por ambas
as partes. Você parece que tem que tomar umas lições ainda.
- Eu até tenho amigos gays.
Que legal que você é, aceitando compartilhar sua esplêndida convivência
com essas criaturas infelizes que sofrem da homossexualidade, né? As
pessoas que dizem isso se pretendem muito tolerantes. Desde que nenhum
dos amigos gays saia com o filho dela. Caso em que o tão fofinho amigo
gay vai ser expulso do convívio social e o filho gay vai ser enviado
para o psicólogo na esperança de “dar um jeito nisso”. Gays que se dão o
respeito não precisam das migalhas da sua amizade. FONTE: LADO BI
- CLASSIFICAÇÃO: 18 ANOS
0 comentários:
Postar um comentário