sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Buuh Amor:8 coisas que gays não suportam mais ouvir (classificação 18 anos)

  1. Quem é o homem e quem é a mulher? Essa é de longe a mais popular. Vem de toda uma cultura que ensina que meninos gostam de azul, brincam com carrinho, jogam futebol e batem no amiguinho, enquanto as meninas gostam de rosa, brincam com boneca, fazem balé e choram de medo de barata. Dentro dessas polaridades, um homem amar outro já é algo tão inconcebível que tem que ser ajustado rapidamente: uma das partes do casal TEM que ser o equivalente feminino para que essa relação faça sentido. E daí resta a nós explicar pela milhonésima vez que não é simples assim, que não necessariamente um é machinho e outro é afeminado, nem necessariamente um é passivo e outro é ativo, e mesmo quando existem preferências sexuais, nem sempre corresponde que o “machão” é o ativo. Se há uma vantagem de ser gay, é que essas limitações de papéis e funções todas podem se esvair. Infelizmente tem muito gay machista que insiste em estabelecer esses padrões, mas a gente discute isso em outro post.
  2. Como vocês fazem para saber que o outro também é gay? É simples, é só olhar a tatuagem na nuca que gays ganham quando perdem a virgindade. OK, não é assim. Na real, a gente só aprende com a prática. Existem vários sinais de que outro cara é gay, desde os óbvios como jeitos de se vestir e de se comportar mais bandeirosos, até aquela troca de olhares sutil no ambiente de trabalho homofóbico e o fato do bonitão do seu lado não afastar a perna quando você encosta o joelho ao lado do joelho dele. Nem sempre é simples. No começo de carreira, a gente erra muito, se apaixona por hétero, deixa passar o colega gatinho que não saiu do armário, é uma tristeza. Razão pela qual existem bares e casas noturnas gays: é bom de vez em quando estar num lugar em que o padrão é ser viado. Na dúvida, o jeito é ter a cara de pau e perguntar mesmo. Uma vez, no Espaço Itaú Augusta, eu simplesmente perguntei para dois rapazes no saguão se eles namoravam, como maneira de confirmar que eram gays e descobrir se estavam disponíveis. A resposta: “não, a gente não namora, o namorado dele está em casa e eu não tenho.” Suceso.
  3. Nossa, você nem parece gay. Quem diz isso geralmente está querendo fazer um elogio. Quem recebe esse comentário geralmente entende como um elogio. Vamos parar com isso, por favor? Por que ser menos pintosa é algo positivo? Quanto mais um homem se aproxima da mulher pior para ele, é isso que você quer dizer? Que bom que, apesar de você gostar de caras, você ainda mantém a aparência de um homem “de verdade”? Temos que deseducar as pessoas a acharem que essa frase é algo normal e positivo. Cada um age como quiser, que tal parar com o julgamento?
  4. Aff, que desperdício, você, gay. O comentário anterior é em geral feito por homens, e esse comentário aqui é em geral feito por mulheres. Que em geral também acham que estão fazendo um elogio. A lógica sendo que você, gay, é tão bonito, tão educado, tão cheiroso, tão sensível, que eu queria você pra mim, mas você não me quer. E como eu não te quero automaticamente eu estou sendo despediçado, é isso mesmo, produção? Todos os outros homens lindos, educados, cheirosos e sensíveis que estão fazendo usufruto desse gay aqui não contam como uso devido desse latifúndio? Querida, pode guardar esse comentário pra você.
  5. Você é gay porque não encontrou ainda uma mulher que mostre para você o que é bom. E essa é a versão FATALITY do comentário anterior. Como bem disse a Suilane Oliveira no Lado Bi das Amapôs, a fonte desse tipo de comentário tem um nome e é homofobia. A mensagem sendo: aquilo que você faz com os homens não é bom de verdade. Ou não é amor de verdade. Ou não é sexo de verdade. Seja o que for, é uma versão inferior daquela coisa tão maravilhosa que só acontece entre um homem e uma mulher. Quando você se der conta disso, vai abandonar essa prática lamentável aí. Bem, minha cara, por esse raciocínio, haveria uma chance de que uma mulher pudesse te mostrar algumas manobras e te converter para a homossexualidade. Mas torço para que nenhuma lésbica se preste a isso, porque você não merece.
  6. Eu gosto de gay, eu não gosto é de viado. Mais um comentário recorrente daqueles que têm a homofobia enrustida e, pior ainda, querem que você ajude a alimentá-la. É a mesma coisa que dizer “eu gosto de gays, desde que eles não sejam muito gays”. Ser gay é aceitável desde que você seja másculo. Vamos abrir bem o jogo: ser viado é que nem virgindade, não tem meio-termo, não dá pra manter 7/8 da virgindade, não dá pra ser só um pouquinho gay. No momento que você reconhece que gosta de alguém do mesmo sexo, sua homossexualidade está lá inteirinha de presente te esperando. Comportamentos são nada mais que o papel de embrulho.
  7. Tem que ser muito macho para fazer o que vocês fazem. Muito da homofobia vem dessa fixação que os héteros têm na maneira como os gays fazem sexo. Traduzindo os eufemismos: “dar o cu dói pra caralho, não sei como vocês topam fazer isso o tempo todo”. Nisso a gente pode subentender que o cara já tentou comer alguns rabos em sua vida, e doeu muito para a dona do rabo em questão. Isso supondo que era uma dona. E isso supondo que o dono do rabo não era o próprio, claro. Bem, meu caro, com jeito, experiência e paciência, não há sofrimento. E se realmente causasse tanta dor, o pessoal procuraria outras alternativas menos sofridas – ninguém em sã consciência arranca uma unha, depois no dia seguinte arranca outra, depois outra… Além do mais, sexo vaginal, que eu saiba, também não é garantia de sexo sem dor – quando mal feito, fica incômodo e até dolorido, estão aí as mulheres que fingem orgasmo para se livrar da situação que não me deixam mentir. Então aceite o que até a Sandy já aprendeu faz tempo: sim, sexo anal pode ser uma fonte de prazer. Quando bem feito por ambas as partes. Você parece que tem que tomar umas lições ainda.
  8. Eu até tenho amigos gays. Que legal que você é, aceitando compartilhar sua esplêndida convivência com essas criaturas infelizes que sofrem da homossexualidade, né? As pessoas que dizem isso se pretendem muito tolerantes. Desde que nenhum dos amigos gays saia com o filho dela. Caso em que o tão fofinho amigo gay vai ser expulso do convívio social e o filho gay vai ser enviado para o psicólogo na esperança de “dar um jeito nisso”. Gays que se dão o respeito não precisam das migalhas da sua amizade. FONTE: LADO BI
  9. CLASSIFICAÇÃO: 18 ANOS

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