Na opinião de Juliana Bonetti, psicóloga especialista em sexualidade, encontrar a cara metade não significa que exista o par perfeito. "Significa encontrar pessoas mais parecidas com a gente para se relacionar", opina Juliana. Já a psicóloga especialista em terapia familiar, Renata Yamasaki, explica que, para que os relacionamentos possam ter um futuro, é necessário buscar mudanças e expandir a percepção das necessidades dos dois envolvidos que formam o casal. "Ou seja, saber ceder a fim de construir um relacionamento que acrescente vitalidade e significado à vida do outro", diz Renata.
O perfil ideal nem sempre será aquele que poderá fazer você feliz. A psicóloga Eliete Medeiros, especialista em relacionamentos afetivos e diretora da agência de namoro "Eclipse Love", explica que essa rigidez em querer encontrar apenas um perfil é determinante para alguém permanecer sozinho.
"É preciso ampliar as possibilidades de conhecer pessoas. Não se deve deixar de conhecer uma pessoa só porque ela não se encaixa no perfil que se sonhou a vida inteira. Pessoas muito mentais, cheias de critérios e rígidas acabam ficando sozinhas. O perfil ideal nem sempre é o perfil real que te fará feliz", defende Eliete.
Para a psicóloga clínica Triana Portal, qualquer relacionamento demanda trabalho e investimento. Quando duas pessoas se conhecem, existe muito para ser construído com paciência, parceria, descobrindo coisas novas que nem sonhava fazer antes. 'Um relacionamento demanda trabalho e investimento. Acredito que dependa muito da tolerância do casal', explica Triana.
'Diminua as expectativas. Expectativas muito elevadas a respeito de uma parceria podem mobilizar muita frustração. Encontrar a alma gêmea não significa que exista o par perfeito. Significa encontrar pessoas mais parecidas com a gente para se relacionar', observa a psicóloga especialista em sexualidade, Juliana Bonetti.
Na opinião de Juliana, é possível estruturar e construir uma relação a partir de duas formas: uma é a partir das diferenças e a outra é a partir das semelhanças. E a maioria das pessoas se sente atraída pelo seu oposto. 'As pessoas discursam que sonham em encontrar a alma gêmea, mas, quando você observa mais profundamente o comportamento de muitos, descobre que aquilo que dizem não é compatível com suas escolhas', opina.
Para Triana Portal, a intolerância à frustração é o mais recorrente entrave nos relacionamentos atuais. 'As pessoas estão preguiçosas, mimadas, tratam relacionamento e pessoas como se fosse algo descartável, não batalham nada, e qualquer descontentamento é motivo para desistir', observa a psicóloga clínica.
'Inicialmente, o oposto sempre atrai de fato. Isso nada mais é do que o nosso inconsciente nos pregando uma peça e querendo buscar, no outro, aquilo que falta em nós mesmos. É uma armadilha, pois, em longo prazo, não funciona. O equilíbrio é a melhor receita para tudo na vida', ressalta Triana.
'A atração física e bom entrosamento sexual são componentes que dão combustível para sedimentar os pilares da relação. A libido ajuda na construção de sentimentos nobres como amor, respeito, carinho, zelo e vontade de ficar junto', defende Triana.
Para a psicóloga especialista em terapia familiar, Renata Yamasaki, a atração física ou sexual é muito importante e sem elas dificilmente o relacionamento conseguirá ir em frente. Mas hoje a comunicação é um fator primordial entre o casal. 'É uma das condições necessárias para a intimidade, para os dois se tornarem de fato um. A intimidade é entendida neste contexto como uma abertura para sua cara metade', avalia Renata.
Geralmente, pessoas com baixa autoestima se atraem, pois geralmente têm personalidade dependente e dificuldade de enxergar e refletir sobre o modo doentio que levam o relacionamento. 'Os relacionamentos de pessoas com baixa autoestima são perturbados e confusos. Neles pode existir submissão ou manipulação do outro como uma forma de se sentir mais forte', pondera Triana Portal.
Uma dica para ajudar no processo de encontrar, quem sabe, sua cara metade é pedir ajuda aos amigos. 'Geralmente amigos próximos nos conhecem bem e são bons cupidos amorosos. Existe uma pesquisa que mostra que as relações que mais dão certo são aquelas que começam por intermédio de pessoas conhecidas do casal', conta Juliana Bonetti.
Se você tentou várias vezes com o mesmo perfil de pessoal, que tal trocar o duvidoso pelo certo? 'Quebre o padrão de relação com bases na atração pelo diferente, por aquilo que lhe falta e o outro possui, se permitindo conhecer tipos de interação mais assertivos e compatíveis', aconselha Juliana.
Sim, é preciso ter paciência! Alguns relacionamentos são da ordem dos 'acontecimentos'. Isto quer dizer que há momentos em nossa vida que precisamos entregar nosso destino. Se não encontramos ainda o par sonhado, por mais que nos esforcemos e façamos tudo da melhor maneira, é porque ainda não é o momento.
0 comentários:
Postar um comentário